terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Elementos inclusivos

Além de tipos de mobiliários adequados e sua boa organização nos ambientes, existem outros elementos que contribuem na hora de fazer uma arquitetura inclusiva. Que tal dar uma conferida?

SINALIZAÇÃO TÁTIL

A sinalização tátil é desenvolvida para auxiliar a orientação das pessoas com deficiência visual na circulação em espaços públicos. Essas pessoas utilizam o tato para guiar-se, seja ele manual ou através do uso de bengalas e bastões. Dependendo do grau de deficiência, as pessoas podem detectar tonalidades de cores diferenciadas.

Placas Táteis

A sinalização tátil deve oferecer informação em Braille, para aqueles que têm o conhecimendo dessa língua, assim como letras e símbolos em alto-relevo, para pessoas que foram alfabetizadas em língua romana tradicional. Deve conter também os pictogramas universais, voltados para pessoas que não foram alfabetizadas. É necessária a utilização de cores contrastantes (figura e fundo), para melhor percepção de usuários com baixa visão, sendo instalada na parede ou diretamente na porta.

As informações em Braille precisam atender as normas de dimensionamento da NBR 9050:2004, e estar conjugadas às informações visuais, posicionadas abaixo destas.


Placas de Espera

As placas de espera são projetadas para indicar o espaço de espera destinado para cadeirantes em espaços públicos, garantindo assim a autonomia e cidadania do indivíduo. Devem ser resistentes, e aplicadas de maneira a garantir uma boa fixação e resistência a intempéries.


Batentes de Elevador

Os batentes de elevador tem como função facilitar a identificação de andares e pavimentos, deve conter a mesma informação em Braile e em Alto-relevo, além de anteder as normas NBR 9050 e NBR 13994.


O Mapa Tátil, também conhecido como Mapa Universal, oferece informações fáceis e acessíveis dentro do edifício, com pouco ou nenhum esforço de interpretação, para pessoas que não exergam ou que possuem baixa visão. Localizam-se em superfícies horizontais ou inclinadas (até 15º em relação ao piso), instalados à altura entre .90 e 1.10m, conforme NBR 9050:2004. Combinam textos em braille e em alto-relevo, e indicam trilhas e legendas, também em alto-relevo, construídas com diferentes cores (contrastantes) e texturas.

O mapa deve apresentar informações, ainda que não táteis, de fácil leitura, para aqueles de baixa visão, incluindo idosos que sofrem do desgaste natural causadores da acuidade visual. Por isso, é importante o contraste de cores e luminâncias, como também a tipologia utilizada, levando em consideração a grafia sem serigas, caixa alta, e dimensões adequadas.

É interessante que em um espaço público que possua piso tátil direcional, haja a representação deste trecho da trilha no mapa tátil, utilizando uma textura que se aproxime da mesma do piso direcional. Essa textura pode ser facilmente apresentada através de material plástico, principalmente o acrílico, pois imita as textuas e cores do piso, facilitando a fabricação.


SINALIZAÇÃO TÁTIL NO PISO

A sinalização tátil no piso tem função sinalizadora de guiar o fluxo e orientar as direções para pessoas com deficiência no seu deslocamento, podendo ser de alerta ou direcional.

O piso tátil é constituído por placas que possuem elementos em alto-relevo percebidos através do toque de bengala e do solo do calçado. Em áreas externas é utilizado o piso pré-moldado (hidráulico), e em áreas que sofrem menos agressão, principalmente as internas, é comum o uso de piso em PVC. Deve-se ter atenção com a aplicação utilizando placas com enchimento por argamassa ou colas que propiciem uma fixação resistente em interpéries. Assim como cuidado para que, após instalados, não apresente saliências exageradas, dificuldado o percurso de usuários, sobretudo aqueles de mobilidade reduzida, como crianças e idosos.

No mercado, é possível encontrar pisos fabricados 100% em PVC, com características recicláveis, de anti-chama e auto-extinguíveis, seguindo as recomendações das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros.

Esses pisos devem contrastar com os pisos adjacentes, causando maior percepção para os usuários de baixa visão. São indicadas cores contrastantes como preta, cinza, vermelha, azul e amarelo, sendo a última a de melhores índices de reflexão da luz, o que provoca maior visibilidade e percepção para estes usuários. O restante do piso geral não deve ser em tonalidades semelhantes, e proporcionar uma superfície contínua, regular, antiderrapente, resistente e durável.

Piso Direcional e Alerta

As placas de piso tátil direcional possuem relevos em forma de linhas, com o objetivo de identificar o trajeto a ser percorrido.


As placas de piso tátil de alerta possuem pontos em alto-relevo, e significam mudança de direção. Tabém são utilizadas para indicar obstáculos suspensos, onde a projeção superior seja maior do que a base, como caixas de correio, telefones públicos e lixeiras suspensas.

A NBR 9050:2004 estable que as placas de piso tátil direcional e alerta possuam a largura mínima de 25cm, porém o mais recomendado é que as faixas utilizadas tenham de 40 a 60 cm, o que possibilita uma rápida percepção pela pessoa com deficiência visual.

Recomendações

Em escadas, o piso de alerta é utilizado antes do primeiro degrau e depois do último, indicando mudança de níveis. Também há sinalização em cada degrau, com pequenas faixas de cor diferenciadas.

Onde houver elementos suspensos acima de 60cm do piso, como telefones públicos, caixas de correio, lixeiras, o piso de alerta deverá ser colocado em torno da projeção, com o objetivo de indicar obstáculo no percurso.


Em faixas de travessia de pedestres, recomenda-se a instalação de uma faixa de
piso tátil de alerta a 50cm da pista de rolamento contornando a borda externa ao final da rampa, uma faixa em piso tátil direcional ao longo da travessia, e uma outra faixa de piso de alerta na segunda rampa de chegada.

Nos trajetos e rotas acessíveis deve ser feita a composição em linguagem binária, combinando ambos os pisos. Essas combinações são muitos flexíveis, e é possível encontrar exemplos em diversas normas. Pode-se encontrar recomendações nas prefeituras, podendo haver variações de um local para outro.


CIRCULAÇÃO VERTICAL

Corrimão

Devem atender a NBR 9050:2004: Ser duplo com alturas associadas de .70 e .92m do piso, possuir de 3 a 4.5cm de diâmetro, espeçamento mínimo de 4cm entre a extremidade e a parede, livre sustentação pela parte inferior, ser contínuo com prologamento antes do início e depois do fim da rampa ou da escada, e ter acabamento recurvado nas extremidades, como pode ser conferido nas imagens abaixo.


É um dos elementos mais importantes da sinalizáção tátil, adicionando informações à ambientação para os deficientes visuais, em união com os pisos táteis. Devem ser aplicados em corrimãos, e também ser localizados onde houver mudanças bruscas de direção. Sua instalação deve ser conforme a NBR 9050, padronizada a 1.00m do ponto de mudança, assegurando mobilidade com segurança.


As plataforma verticais vencem desníveis em locais onde a localização de rampas incovenientes. No mercado existem atualmente modelos de plataformas verticais que se adaptam à diferentes necessidades.


Existem plataformas para diferentes desníveis, modelos independentes e que se adaptam ao corrimão da escada, sejam elas retas ou curvas, para uso externo e interno. Há soluções muito sofisticadas, com grande capacidade de carga, sensores de obstáculos e botões de emergência, que garantem a segurança para o cadeirante durante o transporte em qualquer edifício, seja ele público ou privado, permitindo autonomia e integração social às pessoas de mobilidade limitada.


Além de plataformas verticais, também há disponível no mercado atualmente diversos modelos de cadeiras para escadas, úteis para que aqueles de mobilidades reduzidas, seja por alguma deficiência física ou pelos desgastes naturais provocados pelo envelhecimento, possam vencer grandes desníveis com segurança e autonomia.

As cadeiras para escadas se adaptam à diferentes modelos de escadas, retas, curvas, em L ou em U, sendo aparelhos funcionais que, assim como a plataforma, podem ser instalados em locais onde não há área suficiente para construção de rampas, ou mesmo residências.


As cadeiras para piscina possibilitam ao cadeirante autonomia para entrada em piscinas (privadas ou públicas) de maneira confortável, através de um mecanismo moderno e seguro, desenvolvido com alta tecnologia para esta função, podendo ser utilizada também por pessoas com outras dificuldades de mobilidade.


O carro para escadas é o mais popular elevador de cadeiras de rodas disponível no mercado. Facilita a locomoção entre desníveis para cadeirantes que necessitam do auxílio de outras pessoas no processo. Com a utilização do aparelho, o trajeto pode ser feito com segurança e de maneira confortável paras duas pessoas.


Vale a pena dar uma olhada no site da Surimex, de onde várias fotos desse post foram retiradas. Sua linha stairlift trás diversas novidades para "vencer as barreiras".


Referências: Guia de Acessibilidade: Espaco Publico e Edificacoes. 1 ed./ Elaboracao:

Nadja G.S. Dutra Montenegro; Zilsa Maria Pinto Santiago e Valdemice

Costa de Sousa. Fortaleza: SEINFRA-CE, 2009.
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